Site

Caso Débora: emoção e pedidos por justiça marcam depoimentos de irmão, mãe e pai de personal trainer morta no RS

Júri começou pela manhã. Alexsandro Gunsch responde por homicídio. Crime aconteceu em janeiro de 2024. Caso Débora: irmão, mãe e pai da vítima são ouv...

Caso Débora: emoção e pedidos por justiça marcam depoimentos de irmão, mãe e pai de personal trainer morta no RS
Caso Débora: emoção e pedidos por justiça marcam depoimentos de irmão, mãe e pai de personal trainer morta no RS (Foto: Reprodução)

Júri começou pela manhã. Alexsandro Gunsch responde por homicídio. Crime aconteceu em janeiro de 2024. Caso Débora: irmão, mãe e pai da vítima são ouvidos no júri Reprodução/TJRS Depoimentos emocionados da família marcaram a primeira manhã de julgamento de Alexsandro Alves Gunsch, réu por matar a personal trainer Débora Michels Rodrigues da Silva, na manhã de sexta-feira (25), em Montenegro, Região Metropolitana de Porto Alegre. O g1 transmite o julgamento ao vivo, assista. Inicialmente, o júri estava previsto para ocorrer em 6 de março, mas foi suspenso após o réu demitir a advogada que o representava. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp Três pessoas foram ouvidas pela parte da manhã. O primeiro a falar foi Alex Rodrigo Michels, irmão da vítima. Na condição de testemunha de acusação, o familiar sustentou que a mãe deles chegou a comentar que Débora tinha intenção de se separar do réu. O relato, conforme o depoimento, teria ocorrido na semana do crime. "Eu nunca imaginei, cara, ir lá no necrotério reconhecer a minha irmã no saco preto", desabafou o irmão da vítima. Caso Débora: irmão de vítima presta depoimento Reprodução/TJRS Em seguida, a mãe da personal trainer, Rosane Maria Michels da Silva, foi ouvida como informante. A fala da idosa foi marcada pela emoção e por pedido de justiça. "Ele acabou com a nossa vida. Eu não desejo para mãe nenhuma. Isso queima aqui no meu peito", se emocionou ao relembrar o momento em que foi acordada com a presença dos policiais e da ambulância em casa. Rosane confirmou a versão do filho Alex, de que Débora estava decidida a se separar de Alexsandro. Conforme a informante, a filha já estava com um imóvel praticamente alugado. "A gente já tinha assinado, alugamos um apartamento para ela, só faltava ela assinar. Cartório, tudo, imobiliária. Só faltava ela assinar. (...) Eu ia encaixotar as louças dela. Eu terminei de pagar, não faz muito, o forno elétrico. Eu ia ajudar ela", contou. Caso Débora: mãe da vítima é ouvida na condição de informante Reprodução/TJRS O terceiro a ser ouvido foi o pai de Débora. Davi Rodrigues da Silva falou que dias antes do ocorrido a filha pediu apoio para se mudar da casa que morava com o ex. Na ocasião, a vítima teria relatado que se sentia vigiada pelo então companheiro. O fato até então era desconhecido pela família. "Ela: 'pai, eu não posso conversar contigo, porque toda hora ele está me vigiando, 24 horas por dia, 7 dias por semana. Não tem como nós sentarmos e batermos um papo e conversarmos', relatou. O familiar disse que, embora notasse diferenças entre as personalidades da filha e do genro, não imaginava que o réu pudesse cometer o crime. Dias antes da morte, Alexsandro apertou a mão do sogro. "Uma imagem que eu nunca vou esquecer. De pé descalço, atirada no chão, com o pescoço roxo, de boca aberta, sinal de sufocamento. Uma tristeza, uma dor", relembrou ao ser questionado sobre quando encontrou o corpo da filha. Os trabalhos foram suspensos por volta de 13h40. Durante a tarde, estão previstos os depoimentos das testemunhas da defesa do réu, o interrogatório do réu e os debates entre as partes. No final do julgamento, o Conselho de Sentença decidiria se Gunsch será condenado ou absolvido. Caso Débora: pai da vítima é ouvido no júri Reprodução/TJRS A acusação A mulher de 30 anos foi encontrada morta no dia 26 de janeiro de 2024, em frente à casa dos pais, em Montenegro, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Relembre o caso abaixo. Gunsch é acusado de homicídio qualificado por feminicídio (cometido contra mulher em contexto de violência doméstica e familiar), motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. Segundo a denúncia oferecida pelo Ministério Público (MP), o réu teria cometido o crime de forma premeditada. A motivação seria "a irresignação com o término do relacionamento". Relembre o caso Conforme o MP, Gunsch cometeu o crime na residência do casal, por volta das 3h do dia 26 de janeiro, de forma premeditada, por esganadura, ao levantar Débora do chão até que ela desfalecesse. Logo depois, Gunsch teria abandonado o corpo em frente à casa dos pais de Débora, enrolada em um cobertor. A certidão de óbito atestou que a causa da morte foi asfixia mecânica. O homem foi preso preventivamente dois dias após o crime. À polícia, ele teria confessado, dizendo que os dois começaram a discutir em casa, mas que a discussão acabou virando uma briga com mútuas agressões. Segundo a investigação, Gunsch contou ter jogado a companheira contra um móvel. Ela teria perdido a consciência. Na sequência, ele teria levado a mulher para receber atendimento médico, mas, ao perceber que estava sem sinais vitais, teria decidido deixá-la numa calçada, em frente à casa dos pais dela. Preso suspeito de matar personal trainer em Montenegro VÍDEOS: Tudo sobre o RS